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segunda-feira, 27 de julho de 2009

DESIGN INTELIGENTE...



Design Inteligente, como deve ser....
abraços,
Profa. Fernanda Arantes.

Larry Wood, criador de mini-carrões - HOT WHEELS

Larry Wood, criador de mini-carrões

Designer de Hot Wheels há 40 anos visita o Brasil e prentende criar versões de carros nacionais

ALBERTO CATALDI

 Divulgação
Larry Wood, designer dos Hot Wheels há 40 anos

Se em alguns meses você encontrar uma versão Hot Wheels do Gol, do Celta ou do Palio nas prateleiras, não se espante. A clássica marca de miniaturas não mudou drasticamente as linhas de seus modelos. A inspiração certamente terá surgido da visita de Larry Wood ao Brasil, o segundo maior mercado no mundo em vendas para os carrinhos.

Designer dos pequenos bólidos há mais de 40 anos, Wood visita o país para participar de uma convenção que acontece neste final de semana, em São Paulo (confira mais no final do texto). Ele é o mais velho dos oito designers que atualmente desenham as linhas da marca, e o responsável por alguns de seus mais conhecidos modelos.

Nesta entrevista, Wood fala sobre seu interesse por hot rods, dos carros reais que construiu a partir de miniaturas e sobre sua relação com as montadoras, que enviam projetos de carros anos antes de seus lançamentos só para que ganhem versões com o selo Hot Wheels.

Você começou sua carreira na indústria automotiva?
Comecei na Ford. Tabalhei por lá durante a década de 60. Fazíamos Mustangs e carrões desse tipo. Eu era recém-formado, então não era “grande” o bastante para desenhar o projeto todo. Fazia basicamente a grade, as maçanetas, coisas do tipo. Isso não era mutio divertido. Então eu pedi demissão e mudei para a Califórnia.

Como surgiu a oportunidade de desenhar os Hot Wheels?
Foi em uma festa. Um amigo meu estava nessa lá, e seu filhos estavam brincando com os Hot Wheels, que tinham acabado de ser lançados. Ele trabalhava na Mattel e disse que procuravam por alguém para desenhá-los, porque o primeiro designer deles, Harry Bradley, havia saído. Perguntaram se eu estava interessado e eu disse, “claro, eu posso fazer isso por uns dois anos”. Já foram 40 anos desde então.

Sua experiência com carros reais ajudou?
Sim. Quando você desenha um carro, não importa o tamanho dele. Quando você tenta fabricá-lo é que faz diferença. E eu fazia todo tipo de desenhos, carros de exibição, hot hods. Na verdade, isso me fez perfeito para o trabalho, porque os Hot Wheels não são carros de produção. Não são o tipo que você compraria na concessionária, mas daqueles que você comprou na concessionária, levou para casa e fez um monte de mudanças nele.

Você tem o emprego dos sonhos de um designer automotivo, porque pode criar qualquer tipo de veículo. Até os impossíveis.
Pois é. E quando eu estava no colégio, minha professora de inglês disse, “você nunca vai chegar a lugar nenhum desenhando carros” [risos]. Eu acho que cheguei bem longe.

Divulgação
Larry com algumas de suas criações; Ao lado, o Bone Shaker, um de seus Hot Wheels favoritos

De onde você tira suas inspirações?
Eu sou um maluco por carros. Eu vou para exposições todos os finais de semana, construo carros. Tenho até um pouco de graxa sob as minhas unhas [mostra a mão]. Eu trabalho em carros o tempo todo. Uma coisa de Los Angeles é que em qualquer dia da semana você pode ir a algum encontro automotivo. Então há muitos lugares onde se inspirar.

Você já está planejando criar um hot wheels “brasileiro”?
Sim, no caminho para cá eu vi alguns carros como nunca vi antes. Não são como nos Estados Unidos. Lá nós temos os grandes, os utilitários, não os pequenos compactos. Eu acho que os carros que vocês tem por aqui são muito interessantes.

Qual seu estilo favorido de carro?
Gosto dos antigos. Dos anos 50, porque foi com esses que eu cresci. Carros que as pessoas realmente modificavam, colocavam suas mãos, mexiam, trocavam as rodas. E é isso que são os Hot Wheels. Claro que isso avançou muito, mas é disso que gosto.

Vocês fazem modelos antes de fabricar os Hot Wheels, como as montadoras fazem?
Sim. Antigamente nós construíamos em madeira. Agora tudo é feito com computadores. Então você vê na tela e pode girar e ver como tudo fica. Nós temos uma máquina que se chama SLA, que constrói o modelo em escala como prévia. É igual às montadoras, só que nós fazemos centenas de carros, enquanto eles fazem só um ou dois [risos].

E você mantem contato com as montadoras?
Eles falam conosco e nos mandam desenhos e fotos os carros um ou dois anos antes de lançarem. Mas não fazemos qualquer modelo, afinal somos Hot Wheels. Mas se você tem um Corvette, um Mustang ou umCamaro, nós estamos interessados. Trabalhamos com todo mundo. E claro, com a Ferrari. Todo mundo adora. Mas tudo com eles é sempre tão secreto. Nós não podemos nem mostrar para as pessoas, temos que ver e trabalhar em segredo.

 Divulgação
Carros dos anos 50 são a principal inspiração de Larry Wood

O que um carro precisa ter para ser um Hot Wheel?
O que eu gosto é de poder olhar um Hot Wheels de longe e identificá-lo. Não fazer carros como esses que têm aos montes nas lojas, que parecem todos iguais, como caixas. O truque é ser capaz de escolher um carro identificável, como um Corvette, por exemplo. Claro que há também os imaginados, que não parecem com nada, que poderiam até voar. Fazemos muitos desses também.

Você gosta de colocar detalhes seus nos carros? Como aquele modelo que saiu com o seu número de telefone na placa.
Eu recebi um bocado de telefonemas, eu posso dizer. Não é algo que farei novamente [risos]. Em um modelo eu coloquei um cachorro olhando pelo vidro traseiro, e era o meu cachorro. Eu fiz uma picape Cadillac que tinha um pequeno kart na caçamba. Isso é parte da diversão. Você compra o Hot Wheel para seu filho, ele leva para casa e depois de algum tempo diz, “olha só, um cachorrro!”. Fica mais legal com os detalhes.

Vocês recebem muitas sugestões?
O tempo todo. As pessoas nos enviam fotos. É claro que todo mundo quer que você faça o carro dele. O único problema é que só eles comprariam [risos]. Mas se vemos algo que gostamos muito, nós fazemos.

Qual o seu Hot Wheel favorito?
Há um carro chamado Purple Passion - um Mercury 1949 - que foi o primeiro feito para colecionadores. Todos os Hot Wheels até então tinham as rodas livres, para que pudessem andar nos trilhos. O Purple Passion tinha as rodas cobertas. Foi o primeiro carro em que fizemos isso. A partir de então eles começaram a se tornar colecionáveis.

E carro de verdade, você tem algum favorito?
Novamente, os hot rods. Eu tenho quatro carros que eu mesmo construí a partir do nada. Só com sucata e peças. E estou quase terminando outro, que demorou cinco anos. Eu comprei a carroceria em um ferro-velho. E há pouco tempo eu tive uma idéia para um novo. Na verdade, eu construí o Hot Wheel primeiro e agora vou fazê-lo de verdade. Nos outros casos foi o contrário, eu fiz o carro e depois fizemos o Hot Wheel.

Agora há muito interesse nos EUA em carros híbridos e elétricos. Isso vai influenciar os Hot Wheels?
Bem, vamos colocar dessa forma, os Hot Wheels nunca utilizaram um litro de gasolina. Não vamos precisar nos livrar deles [risos]. O mundo precisa de carros híbridos agora, não há dúvida. Mas quando falamos em carro, pensamos em Ferraris, carros de corrida, coisas que te deixam animado. Você tem que ficar animado. Nós vamos fazer alguns híbridos, eu tenho algumas idéias divertidas que talvez faça algum dia. Mas é claro que ele vai ter modificações. Talvez um motorzão [risos].

Divulgação
O Purple Passion foi o primeiro Hot Wheels feito para colecionadores (esq.)
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