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quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Design - Idéias Premiadas (FUMEC)...

Design

Idéias premiadas

alunos premiados
Os alunos do Design de Produto, Fernando e Patrícia, e os ex-alunos de Arquitetura, Isabela e André: reconhecimento

A aluna do curso de Design de Produto, Patrícia Seixas, recebeu Prata na categoria Estudante do Prêmio Idea Brasil, edição nacional da maior premiação do setor nos Estados Unidos. Ela concorreu com seu Trabalho Final de Graduação, “Interactive Lounge”, desenvolvido em 2007.

A classificação garante sua presença na final mundial do evento, cujo resultado deve ser divulgado em breve. “Projetei um mobiliário adaptável a diferentes espaços, terrenos e arquiteturas, com o objetivo de propiciar relaxamento e interatividade com o ambiente”, explica a aluna, que foi orientada pelo coordenador da graduação, professor Eliseu de Rezende, na execução do projeto.

Idéias Premiadas
“Interactive Lounge”, projeto de Patrícia Seixas

Composto por bolas de plástico forradas de tecido, formando ondulações, o móvel permite diversas modulações, de acordo com a preferência e criatividade do usuário, e pode ser utilizado ao ar livre e em ambientes fechados, em terrenos e arquiteturas variadas. “A peça baseia-se em lounges e chillouts e pode assumir várias formas, para atividades diferentes, como ouvir música, ler, conversar ou descansar”, detalha Patrícia. Na confecção do mobiliário ela usou bolas plásticas, tecido preto e lona de plástico com ilhoses.

xicara
“Conjunto Oca”, criado por Fernando Deusdará

O também aluno de Design de Produto, Fernando Deusdará, conquistou o primeiro lugar, da categoria Estudante, no Concurso Cultural de Design “Uma Xícara Brasileira de Cerâmica para Café”, promovido pela Associação Brasileira de Cerâmica. O evento, realizado anualmente, recebeu inscrições de graduandos e profissionais de todo o país. Ele participou com o projeto “Conjunto Oca”, desenvolvido a partir do conceito de identidade brasileira, com desenho inspirado nas tribos indígenas, em suas cuias arredondadas e na imagem de grupo que elas transmitem.

Segundo Deusdará, o produto é composto de três peças, sendo xícara e prato em cerâmica branca e pires em madeira bicuíba de demolição. As partes se fecham em uma espécie de casulo, passando a idéia de oca e de unidade. “A madeira faz referência à terra e seus elementos, a xícara de formato esférico encontra equilíbrio no pires, numa alusão à tribo, e a cumbuca, usada também para se colocar aperitivos, ‘protege’ o café na xícara”, detalha.
Para o coordenador Rezende, os prêmios refletem a metodologia arrojada e inovadora do projeto pedagógico do curso de Design de Produto, que enfatiza o empreendedorismo e a criatividade.

“Priorizamos, na formação do aluno, disciplinas de cunho gerencial e de estímulo ao caráter crítico, da concepção ao desenvolvimento de produtos. Propiciamos os meios e os alunos demonstram resultados em prêmios e colocações no mercado. Temos uma das melhores estruturas de ensino do país, incluindo setor de Ensino, professores e laboratórios. O retorno positivo está apenas começando”, conclui.

Opera Prima
Os ex-alunos do curso de Arquitetura e Urbanismo, André de Oliveira Pinto e Isabela Francisco Zennaro, foram premiados na 20ª Edição do Concurso Nacional de Trabalhos Finais de Graduação em Arquitetura e Urbanismo para Formandos de 2007.

Orientada pelo professor Sérgio Palhares, Isabela recebeu Menção Honrosa pelo projeto “Biblioteca Pública Municipal de Betim”. Já André, que teve a orientação da professora Natacha Rena, apresentou o projeto “Estrutura de Suporte Turístico e Local na Estrada Real”, recebendo o prêmio da categoria Projetando com PVC – Uso Intensivo.

Isabela propôs a concepção de um espaço que incorporasse tecnologia da informação, diversidade de atividades e serviços, flexibilidade de usos, acessibilidade, boa localização, organização, conforto e segurança condizentes com a realidade do município. Segundo ela, que mora em Betim, o projeto apresenta um programa aprimorado de forma a incentivar também atividades voltadas ao lazer e à cultura e promover o hábito da leitura, pesquisa e estudo em um espaço aprazível e adequado.

Já o projeto de Oliveira, “Estrutura de Suporte Turístico e Local na Estrada Real”, orientado pela professora Natacha Rena, ficou entre os cinco finalistas da categoria Projetando com PVC. “Procurei gerar um padrão arquitetônico e construtivo que funcione como módulo de apoio à Estrada Real, para a construção de edificações com materiais pré-fabricados, mas que estabeleça singulares relações com o tecido urbano”, explica o arquiteto. Ele acrescenta que os módulos apresentam possibilidades programáticas que se adaptam à realidade local, numa investigação da racionalização construtiva e arquitetônica de sua execução, contando com sistemas de baixo custo.

“A modulação e fabricação em série garantem um padrão estético que torna as intervenções referências na Estrada Real. Essa racionalização garante qualidade técnica, construtiva e arquitetônica, contribuindo para a rapidez na implantação”, conclui. Dentre os 25 finalistas do Opera Prima, 20 receberam Menção Honrosa e cinco o Prêmio Opera Prima; e entre os cinco finalistas da Categoria Projetando com PVC, dois trabalhos ganharam o Prêmio Projetando com PVC, e três, Menção Honrosa.

Tempos de crise: design não é perfumaria

Tempos de crise: design não é perfumaria

05 de novembro de 2008, 4:02

Temos que nos tornar essenciais, para o cliente jamais esquecer que design é essencial. Vamos nos livrar do que é supérfluo em nosso discurso e focar onde realmente nosso trabalho é relevante e faz a diferença.

Por Fabio Camargo

Apesar da evolução da atividade, o estigma de que o design é supérfluo resiste em alguns setores. Nas últimas semanas, as empresas têm anunciado cortes de investimentos, férias coletivas e colocado as barbas de molho. Vendo por esse lado, não é improvável que a pecha de design = perfumaria possa voltar a dominar o discurso empresarial.

Essencial para as empresas, além de sobreviver à crise, é continuar a ter lucro, que é o combustível da economia real. Além disso, em algumas companhias a diferenciação, a busca de alternativas e a criatividade também são consideradas essenciais, mesmo que sejam com volume menor de investimentos. Ou seja, temos que nos encaixar nessa relação de sobrevivência e inovação.

A torneira está fechando mais um pouco e vamos ter que rebolar para nos adaptar a esse cenário (ainda mais) incerto. E é nele que temos que focar nossa atenção para poder traçar alternativas para os clientes. Além de fazer mais com menos, temos que gerar resultados que não despertem dúvidas. Entender o que se passa, como e por que chegamos a esta situação é o mínimo para a sobrevivência. Para além disso, temos que nos tornar essenciais. E para chegar nisso temos que fazer nossa lição de casa e nos livrar do que é supérfluo em nosso discurso e focar onde realmente nosso trabalho é relevante e faz a diferença para nossos clientes.

O design é parte do cenário econômico e cultural de uma sociedade e sua importância não pode ser minimizada por fatores conjunturais. O ciclo mundial de crescimento será interrompido, mas a evolução de mentalidade e gestão que as empresas brasileiras experimentaram serão descartadas?

Imagino que seja tentador para muitas delas, mas é provável que apenas uma pequena parte abandone totalmente práticas que proporcionaram a elas surfar no crescimento econômico mundial (mas seria ótimo que atividades especulativas fossem abandonadas de vez, certo?).

Ficou mais difícil? Um pouco. Mas lembre-se: essencial é investir na relevância de seu trabalho. Do contrário, vira supérfluo. O limão ficou menor, mas ainda dá pra fazer uma limonada. [Webinsider]

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Sobre o autor

Fabio CamargoFabio Camargo (fc@rpressdesign.com.br) é designer gráfico, sócio-diretor de criação da RPress Design.

Porque a internet vai matar a propriedade intelectual

Porque a internet vai matar a propriedade intelectual

22 de novembro de 2008, 9:38

Os princípios de proteção à produção intelectual estabelecidos na Convenção de Berna, atualizados durante o século 20 e ratificados pela maioria dos países, já dão claros sinais de cansaço diante do pensamento liberalizante da internet.

Por Zeca Martins

Certamente, você já ouviu falar da teoria dos vasos comunicantes, aquela que nos mostra que líquidos contidos em vários recipientes igualam seus níveis quando estes recipientes são interligados.

Com o conhecimento se dá a mesma coisa.

Até então represado em universidades, bibliotecas, livros etc., que sempre foram ambientes de acesso restrito, o conhecimento tinha uma dificuldade histórica de se expandir e beneficiar todo mundo.

Voltando aos vasos comunicantes, a internet vem colocando mais e mais tubos conectando pessoas que, por sua vez deixam o conhecimento escoar muito livremente para todos os lados, num processo incontrolável de multiplicação das idéias. Sem restrições, sem preconceitos, sem barreiras.

A tendência, ainda que se demore muitos e muitos anos, é o nivelamento do conhecimento entre os homens. Claro que isso, por si só, não significa que todos venham a usar a informação e o conhecimento da mesma forma e com os mesmos resultados, uma vez que aí entram em cena as capacidades e os talentos individuais. Mas que que o nível médio subirá muito, não há a menor dúvida.

Até aqui, eu não disse nada de surpreendente. O que me importa discutir, porém, é uma coisa chamada propriedade intelectual.
Os princípios de proteção à produção intelectual vigentes em boa parte do mundo, estabelecidos há séculos, normatizados pela Convenção de Berna (nascida Convenção da União de Berna, por volta de 1880, com atualizações durante o século 20) e ratificados pela maioria dos países, já dão claros sinais de cansaço diante do pensamento liberalizante da internet.
O cambaleante mercado fonográfico é prova incontestável.

Cada vez menos faz sentido o conhecimento pertencer a alguém, como se fosse um automóvel ou um eletrodoméstico. Porque cada vez mais a humanidade vai-se convencendo que o conhecimento é ou deve ser universal, tal qual o ar que respiramos. Não faria sentido o ar pertencer a alguém que nos vendesse cotas diárias do direito à respiração. Note: na analogia, não falei de venda de volumes físicos de ar, como que engarrafado em cilindros, mas da venda do direito de respirar.

Na verdade, não advogo que deva ser feita uma lei que acabe com o direito autoral e o da propriedade intelectual como os conhecemos hoje. Isso seria de uma inutilidade acachapante.

Apenas acredito que muito brevemente os tais princípios vão morrer sozinhos, secos, de velhice, num processo irrefreável, auto-sustentado, impossível de ser impedido sejam lá com quantas leis, decretos e tratados se venha a imaginar.

Eu mesmo já fui um franco defensor do modelo que agora já chamo de “antigo”, o de Berna. Mas é-me impossível continuar a sê-lo, diante das evidências que nos surgem diariamente.

Os blogs, por exemplo, são prova disso. Eu e todos os demais blogueiros do mundo poderíamos simplesmente cobrar pelo acesso às nossas idéias e informações, publicando-as na forma de livros ou sites de acesso pago, por exemplo. Mas não o fazemos. Por que? Porque não interessa, simplesmente. Talvez porque haja um certo atavismo contido nesta necessidade de contribuir com todo mundo.

É claro que o leitor poderá retrucar, dizendo “mas e os teus livros e cursos, Zeca, por que você não os dá simplesmente, de graça?”.

A resposta é fácil: porque não os imprimo de graça e nem pego comida no supermercado sem pagar.

Não é de sobrevivência, o que eu falo. Quero dizer com isso que não cobro pelo meu escasso conhecimento, mas sim pelo meu trabalho de ficar anos e anos juntando informações, experimentando hipóteses e reunindo conclusões, para passá-las adiante.

O modelo de direito autoral que ora vige, não é o da venda de volumes cúbicos de oxigênio, é o da venda do seu direito de respirá-lo! São coisas muito diferentes.

A questão que se impõe, no fundo, é, a meu ver, como sobreviver do conhecimento sem cobrar por ele? Como? (Declaro aberta a temporada de comentários e discussões). Porque não tenho dúvida de que, por mais que esperneiem os juristas e advogados, o direito de autor vai morrer, a propriedade intelectual vai morrer.

E a internet avisa que comparecerá ao funeral. Webinsider]

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Sobre o autor

Zeca Martins (zecamartins@yahoo.com.br) é publicitário e mantém um blog.

Móveis dois em um otimizam os espaços na hora da decoração

Móveis dois em um otimizam os espaços na hora da decoração
Em tempos de espaços reduzidos, sofás com estantes, puff que vira bandeja e grill que toca música ganham destaque
Luciana Ackermann | Fonte: O Globo

Fotos: DivulgaçãoSófa dois em um oferece uma estante em seu encosto

Rio de Janeiro - Em tempos de aproveitamento máximo dos espaços devido às áreas cada vez mais reduzidas, os móveis e utensílios que oferecem mais de uma função ganham destaque na decoração dos lares. Atentos às novas necessidades, designers usam e abusam da criatividade ao desenvolver novos usos para peças já tradicionais.

Na Florense, por exemplo, há dois modelos de sofás que não se limitam a oferecer um confortável local para se sentar ou deitar. Um deles conta com uma estante em todo o seu encosto. Trata-se de um nicho utilizado para guardar livros, objetos de decoração e que também tem o poder de delimitar os ambientes, fazendo o papel de uma divisória. O outro é o sofá braço-estante, que também disponibiliza um nicho no próprio apóio do braço. Ambos são fabricados em madeira natural ecologicamente correta. Para os quartos, a opção é cama baú, onde todo o estrado pode ser levantado para guardar peças grandes como travesseiros, cobertores etc.

Novo modelo de Gril, George Forman, além de grelhar hambúrgueres, também toca música

Na Celina Design, os puffes têm até duas novas opções de uso: bandeja e revisteiro. A parte superior do puff é de encaixar e em sua parte interna foi desenhada para servir os convidados. Como a peça é oca, ainda serve para guardar revistas.

Não são menos curiosas as criações de utensílios com funções diferenciadas. O modelo I-Grill, do George Forman, além de ter capacidade para 14 hambúrgueres, também oferece tocador de áudio digital para MP3 player ou I-POD e até caixas acústicas acopladas. No Shoptime, não faltam equipamentos multifulcionais. Entre eles, o abajur com rádio-relógio, o espelho para banheiro com rádio digital e o porta-retrato digital com MP3 e controle remoto. 

MOTO DA FERRARI - super design, mas será design italiano?

recebi um e-mail de amigos e junto estavam estas fotos de uma suposta motocicleta da Ferrari. se sua praia é design de veículos, então delicie-se com as fotos.

até a próxima,
fernanda arantes.




quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Salão Internacional do Móvel, Milão, Itália

Salão Internacional do Móvel, Milão, Itália
A falsa volta aos anos 70
 

Cada vez mais semelhante a um gigantesco evento de moda, o grande Salão Internacional do Móvel, realizada entre 10 e 15 de abril, em Milão, Itália, reuniu 1.900 expositores - entre eles, 240 estrangeiros de 30 países.

Em estandes cenográficos, a feira mostrou as tendências e lançamentos do ano: móveis translúcidos ou transparentes, alusões lúdicas, inspiradas até em desenhos animados e a forte referência aos anos 70, com o uso do veludo, listras coloridas e formas arredondadas.

A tendência do móvel transformável continua:
um sofá pode se tornar pufe e o encosto ou o braço pode ser dobrado ou retirado. Os grandes fabricantes exibiram resultados de seus investimentos em pesquisa e tecnologia de novos materiais, a exemplo do plástico injetado com fibra de carbono.

O designer Lars Jorge Diederichsen, nascido no México e radicado em São Paulo, observa que a feira torna-se cada vez mais um evento destinado a chamar a atenção da mídia, em vez de um espaço para negócios. “O móvel é moda em Milão e é apresentado como modelo de um grande desfile, em peças isoladas, quase nunca em ambientes”, avalia ele.

Nesse aspecto, Lars destaca a indústria Edra, que reproduz com sucesso os projetos desenhados pelos brasileiros Fernando e Humberto Campana.

“Com muito sucesso, a Edra apresentou duas poltronas deles: a Sushi, com retalhos de tecidos variados, e a Boa, uma cobra de 90 m, feita com material mórbido, mole, revestido de veludo e enrolado na forma de poltrona confortável”, diz.

O prestígio dos irmãos Campana, que lançaram livro de memórias na feira, vem crescendo em Milão e Lars acredita que essa visão é extensiva ao design brasileiro em geral.

Uma enquete realizada entre os visitantes da feira pelo jornal diário que a revista Abitare publicou durante o evento elegeu os Campana como os designers de maior influência em todo o mundo, atualmente.

Além do grande salão de mobiliário, os galpões da feira foram ocupados por outros eventos, como o Salão de Complemento e Adorno e a Eurocucina, que se realiza bienalmente, e a Eimu, de móveis para escritório.

Em um único bloco, estiveram reunidos o Salão Satélite, no qual 400 jovens designers de 23 países apresentaram produtos que podem vir a ser produzidos pelas grandes empresas; o FTK Tecnologia para Cozinha, uma extensão da Eurocucina que mostrou a cozinha do futuro, com protótipos em etapa de experimentação e pesquisa; e o Salão Grande Hotel, com equipamentos do setor de hotelaria.

Algumas empresas usaram galpões de antigas fábricas desativadas para alojar seus showrooms de móveis assinados por renomados designers. Este ano, entre essas mostras individuais, a que mais se destacou foi a francesa Via Design.

Texto resumido a partir de reportagem de Éride Moura
Publicada originalmente em PROJETODESIGN
Edição 268 Junho 2002

fonte: ARCOWEB

Salone Internazionale do Mobile 2009 - Milão

Olá alunos, clientes, leitores e demais.

Estaremos cobrindo o próximo Salão Internacional do Móvel, em Milão (abril de 2009) mais especificamente dos dias 22 a 27 de abril.

Já estamos nos preparativos e a idéia é anotar tendências, listar participantes, e claro: fazer muitas... muitas fotos.

Para mais informações sobre o salão de 2009, anote abaixo:

Salone Internazionale do Mobile 2009 - Salão do Móvel.
Local: Fiera Milano
Local: Itália / Milão
Data: 22/04/2009 » 27/04/2009
Freqüência: Anual
Website: http://www.cosmit.it/

Até a próxima,
Fernanda Arantes.

*FOTO ACIMA: Poltrona Sushi, com design de Fernando e Humberto Campana, fabricada pela Edra: tecidos de diferentes tipos e espessuras saem do interior de uma estrutura tubular de tecido eslástica.

domingo, 16 de novembro de 2008

PALESTRA de FERNANDO Mascaro – membro do comitê científico do idds

ALESTRA de FERNANDO Mascaro – membro do comitê científico do idds
XX Design et Emballages Responsables
Saint-Étienne – França 


Este evento reuniu no auditório do Museu de Arte Moderna de Saint-Étienne durante os dias 3 e 4 de dezembro, designers do Canadá, França, Inglaterra e Brasil para discutir questões relativas ao uso dos conceitos sustentáveis no design e projeto de embalagens.

Não há mais como não estar alerta para os problemas causados pelo descarte descontrolado de embalagens devido ao aumento gradativo do consumo.  A cada dia milhões de embalagens, das mais simples às mais sofisticadas, são produzidas e postas no mercado causando um acúmulo monstruoso de lixo.

Fui convidado para contar como está sendo tratado este tema hoje no Brasil e, para isto, preparei uma apresentação que contemplasse uma visão geral do descarte, reciclagem e que chamasse a atenção dos designers para este tema.

Sabemos que o Brasil é um dos campeões mundiais de reciclagem, entretanto, antes disto ser motivo de orgulho, é preciso entender que para que isto aconteça é necessário que também sejamos campeões de descarte de embalagens. É como se fossemos campeões do bem e do mal ao mesmo tempo.

Os franceses usam uma palavra que melhor define este ponto. Falam em “design durável” ao invés de “design sustentável”. O “durável” diminui retarda o processo de reciclagem, pois, além de especificar o uso de materiais recicláveis tem como dado de projeto a fácil desmontagem e uma outra aplicação após o uso. 

No Brasil, nós designers, ainda não temos esta questão traduzida de uma forma muito clara. Como 95% dos materiais utilizados para a fabricação de embalagens são recicláveis, achamos que não há motivos para preocupação, entretanto, como podemos ficar alheios ao fato de não existir programas perenes de coleta seletiva? Hoje, 40% dos resíduos gerados per capita no Brasil correspondem a embalagens.  São 68.000.000 kg por dia de um simples potinho de yogurte a enormes caixas de eletrodomésticos.  O aumento do poder aquisitivo da população e o conseqüente aumento do consumo é um importante sinal de alerta.

A quantidade de material descartado vem crescendo a uma taxa de 1,8% ao ano, enquanto que em países da Comunidade Européia e Japão, este índice estancou ou está em declínio.

Isto significa achar que pelos simples fato de usarmos materiais recicláveis ou reciclados o problema está resolvido. Precisamos estar mais atentos aos fatos. Os designers de produtos são hoje uma poderosa ferramenta a favor do desaquecimento global e, para isto, é necessário que tenhamos uma outra maneira de “pensar” o projeto de embalagens.  

Temos que nos aprofundar em propostas de embalagens que além de cumprirem suas funções de proteger e comunicar, também, sejam mais simples, contenham a menor quantidade possível de diferentes materiais, sejam de fácil desmontagem e que possam ter uma sobrevida após cumprirem sua função inicial.  Já existem alguns bons exemplos: potes de sorvetes que se transformam em vasos, caixas de televisores que podem ser usadas como “racks”, os onipresentes copos de requeijão...

Um outro dado importante é que somos nós os responsáveis por especificar os materiais estruturais das embalagens e, para isto, precisamos estar mais atentos à pesquisa e desenvolvimento de matérias primas oriundas de fontes renováveis e aos materiais biodegradáveis, além de melhor conhecer os processos produtivos para poder, também, propor melhorias nas performances de produção otimizando, desta forma, o consumo de energias e diminuindo a quantidade de resíduos durante a produção.  

O foco é diminuir o descarte e, consequentemente, diminuir a quantidade de “coisas” a serem recicladas.  Será ótimo o dia em que o Brasil não mais seja campeão mundial de reciclagem, pois, estaremos no patamar do projeto e consumo de produtos inteligentes.  Embalagens menores, mais simples (contendo o necessário) e reutilizáveis (duas ou mais vidas).

O ponto não é ser contra o consumo, mas, a favor de um consumo sustentável.

Mais informações sobre o evento no link:
http://www.saint-etienne.fr/document/doc/doc/programme+bulletin.pdf

Fernando Mascaro é Arquiteto e designer preocupado com negócios, sociedade e meio ambiente.

fonte: Site IDDS

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