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sexta-feira, 3 de abril de 2009

A bóia-espaguete é um exemplo de criação aparentemente tola que faz o maior sucesso

Quanta imaginação!
A bóia-espaguete é um exemplo de criação aparentemente tola que faz o maior sucesso

Angela Oliveira - ISTO É (Online)

Foto: Marcelo Min

CRIATIVIDADE Adriano transformou uma espuma usada como isolante térmico em salva-vidas

Sempre que se fala em inventores, a primeira imagem que vem à cabeça é a do professor Pardal, um trapalhão com idéias malucas e resultados desastrosos. Mas sem eles nada existiria: da roda à Internet. Às vezes, idéias simplórias, quase tolas, dão tão certo que merecem aplausos. Os espaguetes – aquelas bóias de plástico compridas que colorem a praia ou piscina – são um ótimo exemplo. Pois os espaguetes, ou cotonetes gigantes, foram criados por um brasileiro jovem e esperto. Adriano Luiz Carneiro Sabino, 35 anos, vendeu apenas no verão de 1997 cerca de um milhão deles. 
Animado com o sucesso, fundou a fábrica Toy Power, que hoje vende 21 tipos de brinquedos. “Trabalhava em construção civil e usávamos um tipo de espuma como isolante térmico. Percebi que flutuava muito bem e deu no que deu”, explica Adriano, referindo-se ao espaguete. 
Eles são fabricados pela Faguerdala, uma indústria sueca líder na produção desse tipo de espuma, mas é Adriano quem vende. Também patenteou a idéia. Mesmo assim, reclama da pirataria. “Há muita imitação no mercado”, alerta.

A maioria dos inventores nem sempre leva fé em suas criações e, por isso, não toma a precaução de Adriano. Quando se dão conta, alguém teve a mesma idéia e faturou. O advogado Carlos Mazzei, presidente da Associação Nacional dos Inventores, briga há oito anos para que todas as criações sejam patenteadas. O escritório, num prédio de três andares em Perdizes, São Paulo, também é um museu de invenções. Tem de tudo. Desde o mais comum escorredor de arroz, hoje à venda em qualquer mercadinho da esquina, até uma exposição de objetos e fotos do japonês Kenji Kawakami. 

Kawakami é dono de um museu em Tóquio com invenções superdoidas, estilo Bienal. Algumas até têm utilidade, como o capacete que se prende no vidro do metrô ou ônibus para encaixar a cabeça e dormir. Ou então uma cumbuca presa ao ombro para que as mulheres não percam o brinco que pode cair. 

Vale a pena ver muita coisa ou investir na Associação Nacional dos Inventores. O hashi com mola, tipo prendedor de roupa, inventado por Eric Rodrigues, é ideal para quem não consegue usar os palitos japoneses. O baralho com ímã serve para jogar cartas ao ar livre. Sem falar no chapéu forrado com uma capa de chuva, design da secretária Hilda Banffy. Há também o orelhão antivandalismo que não tem fone para não ser arrebentado. “O governo não teve o menor interesse”, lamenta Mazzei. Vale lembrar que quando Gran Bell inventou o telefone ninguém acreditava na geringonça. As coisas começam assim.

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