Por que o design deixou de ser uma questão meramente estética para se tornar uma questão estratégica para as empresas? Os tempos mudaram. O avanço da tecnologia e a globalização provocaram sensíveis mudanças no comportamento do mercado. A diferença tecnológica entre produtos similares de diferentes fabricantes tende cada vez mais a desaparecer. Ainda que a qualidade e o preço sejam atributos indispensáveis para o sucesso de qualquer produto, fatores como a estética e a forma se consolidaram como elementos determinantes na decisão de compra. Para indústrias de todos os setores da economia mundial o design tornou-se um grande diferencial. "Na Sony, supomos que todos os produtos de nossos concorrentes terão basicamente a mesma tecnologia, o mesmo preço, o mesmo desempenho e as mesmas características. O design é a única coisa que diferencia um produto do outro no mercado.” Norio Ohga, presidente e CEO, Sony (Fonte: Dulci Dantas, 2004). Durante muitas décadas, a indústria brasileira manteve-se numa situação confortável, no que se refere à concorrência entre produtos nacionais e similares estrangeiros. No entanto, com a abertura da economia aos produtos importados e a necessidade de aumentar a exportação, os empresários brasileiros se viram num cenário de alta competitividade que os impedia de concorrer com igualdade de condições com os produtos de outros países. Na década de 90, o governo e a indústria se deram conta de que preço e qualidade haviam deixado se ser elementos competitivos. Desde então, o investimento no design dos produtos passou a ser apontado como uma importante estratégia para a obtenção da vantagem competitiva. O design é um elemento que caracteriza precisamente os requisitos de interface cliente x produto x identidade empresarial. São significativos os conceitos de ergonomia e dos fatores intangíveis, maleáveis e subjetivos do design que, freqüentemente, contribuem para induzir a decisão por um produto, em detrimento de outro, no momento de sua aquisição. Além de ser visualmente atraente – chamar a atenção pela estética diferenciada e harmônica - o design bem elaborado, melhora os aspectos funcionais e ergonômicos do produto, com o objetivo de atender às necessidades do consumidor e melhorar o conforto, a segurança e a satisfação dos usuários. "Um bom design desencadeia uma seqüência de impulsos positivos que têm repercussão no desempenho geral do produto, agregando valor e melhorando a competitividade." Fábio Mestriner, presidente da ABRE – Associação Brasileira de Embalagens e professor da ESPM – Escola Superior de Propaganda e Marketing. Nos dias de hoje, o aspecto visual de um produto é especialmente importante se ele estiver disponível na internet. Em muitos casos, a primeira interação de um cliente em potencial com uma mercadoria vendida na rede é uma foto. Ao explicar a importância do design como fator determinante no momento da compra, Sergio Zyman, ex-principal executivo de Marketing da Coca-Cola, faz a seguinte comparação: Imagine que você saia para um encontro às escuras. Vocês dois trocaram alguns e-mails, tiveram algumas conversas maravilhosas por telefone, talvez até tivessem trocado fotos on-line, e um amigo em comum lhe disse como a pessoa que vai encontrar é fantástica. Você está ficando animado, mas antes de sair de casa para o encontro você vai passar algum tempo procurando ficar o mais atraente possível para essa pessoa que nunca viu. Você sabe que, por mais importantes que sejam todas essas coisas antes de um encontro, a grande decisão sobre se vocês vão se ver novamente, quanto mais se vão começar a sair regularmente, é a tomada olho no olho. É exatamente a mesma coisa em se tratando do design do seu produto. Dulci Dantas, consultora e pesquisadora do Senai-Cetiqt-RJ, define as principais funções do design. • Criatividade e atratividade estética; • Melhoria da imagem; • Capacidade de resolução de problemas; • Melhoria da qualidade; • Desempenho, funcionalidade e segurança; • Facilidade de manuseio de produtos; • Inovação tecnológica; • Diminuição dos custos de produção; • Diferenciação e agregação de valor; • Inovação organizacional; • Aumento da produtividade, lucratividade e competitividade. É importante assinalar que todo e qualquer produto deve ser viável, sob o ponto de vista técnico e comercial. Por isso, na hora de desenvolver o design do seu produto, procure soluções que atendam às necessidades da sua empresa de modo personalizado, sem comprometer as suas projeções de custos. FONTE: www.pecasplasticas.com |
FERNANDA ARANTES
Professora de Arquitetura, Design e Engenharia
Designer de Interiores & Pós-graduada em Lighting Design
Sobre o que falo no meu blog: Cursos, Tendências, Idéias, Comentários, Artigos e Links em Design como um todo, Arquitetura, Engenharia e assuntos relacionados.
CONTATO via e-mail:
"fernandaarantesdornelos@gmail.com"
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domingo, 17 de outubro de 2010
A VEZ DO DESIGN...
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